terça-feira, julho 22, 2008

Mouse Ocular

Mouse ocular é uma das principais atrações

O Mouse Ocular, um dispositivo que permite teclar usando apenas os olhos – mais precisamente os músculos ativados por movimentos dos olhos, incluindo olhares e piscadas, é uma das principais atrações da 60ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que ocorre na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em São Paulo.

O produto conquistou o primeiro lugar no Prêmio Finep de Inovação Tecnológica da Região Norte e é dirigido àquelas pessoas que não podem usar as mãos para teclar. O programa permite digitar, navegar na Internet, comunicar-se virtualmente por e-mail ou chat e, até mesmo, desenvolver programas usando apenas os olhos.

O prêmio foi concedido em 2005 pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP/MCT). O programa utiliza cinco eletrodos colados nas têmporas e ao redor dos olhos que captam os movimentos do globo ocular para convertê-los em sinais elétricos biológicos. Estes sinais são codificados digitalmente e reconhecidos por um programa desenvolvidos por pesquisadores da Fundação Paulo Feitoza, instituição sem fins lucrativos sediada em Manaus.

Maria do Socorro Fernandes nasceu sem os braços. Ela conta que só usando o equipamento começou a se interessar pela informática. “Com apenas um mês de treino, passei a navegar na Internet, enviar e-mails e conversar via chat. Nunca havia usado computador até me iniciar usando o mouse ocular”, comemorou. Maria Fernandes disse que teve conhecimento do programa por intermédio de uma associação de portadores de deficiências.

Preocupados em desenvolver um equipamento acessível para todos, os pesquisadores brasileiros conseguiram chegar a um custo de produção de R$ 150 reais. “Queremos levar essa tecnologia para a rede de saúde pública, tornando-a acessíveis em hospitais, centros de excelência e postos de saúde”, conta o engenheiro elétrico-eletrônico Rogério Caetano, coordenador de desenvolvimento da fundação. A idéia é tornar possível a comunicação de pacientes com paralisias crônicas, distrofias musculares, doenças degenerativas e pacientes com enfermidades pós-operatórias.

Caetano adianta que o próximo passo é reconhecer os movimentos da face usando uma câmera. Doutor em engenharia elétrica-eletrônica, ele é um pesquisador carioca que mudou-se para Manaus e acredita no potencial científico e tecnológico da região. “Estamos avançando para que mais cientistas se fixem na região amazônica. Iniciativas como o mouse ocular, que chegou a ser finalista no prêmio nacional da Finep, mostram que a ciência da região Norte está se desenvolvendo cada vez mais”, considera. (Débora Pinheiro - Assessoria de Comunicação do MCT)

Fonte: Agência CT

http://inovabrasil.blogspot.com/2008/07/60-sbpc-mouse-ocular-uma-das-principais.html

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